quarta-feira, 12 de janeiro de 2011




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Eu nunca soube ao certo o que você sentia por você. Só sabia que quando te via eu tremia dos pés à cabeça, minhas mãos gelavam e sentia estranhas coisas acontecendo no meu estômago. Recordo até hoje quando te vi pela primeira vez, a forma como passou por mim, parecia até cena de filme americano em câmera lenta. Seus olhos brilhavam mais do que as estrelas, seus dentes eram mais brancos do que papel e seu sorriso era encantador. Acho que de uma certa forma eu sabia sim o que sentia, só não queria aceitar sentir aquilo. Eu tinha plena certeza de que você nunca iria reparar em mim. Ninguem reparava! Eu fui – e sou até hoje – o tipo de pessoa que ninguem repara. Quieta, estranha, timída e calada. E você era completamente o oposto. Te amei naqueles três anos em silêncio, atormentava-me constantemente por nem ao menos servir como a CDF que todo mundo cola e pede ajuda na hora do trabalho, nem para isso eu fui útil à você. Lembro-me até hoje das vezes que me peguei olhando para você, igual uma boba! Sim, eu era completamente boba, pois você não mordia, não tinha garras e nem tinha sinal de ser o valentão. Pelo contrário, você era doce, amável e completamente sociável, não sei porque nunca cheguei e disse -” Oi Pedro, tudo bem?” Talvez a anti-social seja eu, nos meus insanos pensamentos de que ninguem gostava de mim, sempre me colocando para baixo e me auto-menosprezando. Você poderia ser o amor da minha vida e eu deixei você ir, por medo, por falta de confiança. </3


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